sábado, 14 de julho de 2012

EXPOSIÇÃO DO ARTISTA E AMBIENTALISTA FRANS KRACJBERG



Estimados amigos, artes educadores, demais professores, alunos e agentes culturais: Encontra-se em exposição na Estação Cabo Branco, Ciências, Cultura e Artes, os trabalhos do ambientalista Frans Krajcberg intitulado – Natureza Extrema. A arte grita em favor do meio ambiente. Vale a pena conferir este trabalho.


 


Ah! Lembrem-se, a referida exposição está no anexo 3 da Estação Cabo Branco, no novo prédio inaugurado pela atual gestão, acesso gratuito.








De acordo com Lúcia França, Curadora Geral, a trajetória artística do ambientalista Frans Krajcberg e seu exemplo de vida denotam seu compromisso com a natureza. Por isso que, a Estação Cabo Branco em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente firmaram o compromisso desta gestão com a cidade e acordaram com o artista o compromisso de plantar 5000 árvores.




Além desse gesto, também se realizou a 5ª Edição do Seminário o Grito de Krajcberg que contou com a participação do artista/ambientalista que é um dos pioneiros da arte ambiental do Brasil, e tem buscado uma ampla discussão do tema preservação ambiental. O seminário também contou além da palestra do Krajcberg, teve a participação do ilustre do escritor amazonense Thiago de Melo e da produtora Lucenilde Araújo, que lançou o Filme, O Grito, produzido pela jornalista Renata Rocha. O filme é narrado por Maria Betânia e a trilha sonora, assinada por Camilo Fróes e Jarbas Bittencourt. Toda essa programação aconteceu na Estação Cabo Branco no último dia 30 de Junho de 2012.



Os promotores do evento envolvidos com esta obra dão o tom da competente equipe organização do seminário, que consideram harmoniosa melodia que une amor pela cidade e, sobretudo compromisso com a vida e o planeta.



Agora a capital paraibano tem um espaço pensado para exposição de padrões internacionais, que abriu com chave de ouro as portas para o cidadão paraibano e para o mundo. Agora é só visitar, não paga nada para ter acesso a uma cultura de qualidade.





CONTEXTUALIZAÇÃO DA ARTE AMBIENTAL

            Surgiu no final da década de 1960, nos EUA, no contexto das rupturas artísticas propostas e praticadas pelo por arte, pelo minimalismo e pela arte conceitual, movimentos que se desdobraram em novas categorias estéticas, tais como: instalações, performances, arte processual, vídeo-arte, happenings.



            Para Sidney Azevedo, o conceito da arte ambiental é incorporado nos anos 70 ao vocabulário da crítica especializada, tendo um sentido amplo, designando obras e movimentos artísticos variados, onde suas criações artísticas se direcionam à natureza, à realidade urbana e também ao campo das novas tecnologias.





            As ações da arte ambiental têm a intenção de ultrapassar as limitações do espaço tradicional das galerias e museus, recusando o sentido comercial da arte. Sendo assim, a arte ambiental sinaliza uma tendência da arte contemporânea voltada às questões do espaço e do meio ambiente, abrangendo tanto o espaço natural quanto o criado pelo ser humano.


            Por que o homem destrói as riquezas naturais quando ele sabe que o planeta se consome e que sem elas sua própria vida será impossível?


            O naturalismo assim concebido implica não somente maior disciplina da percepção, mas também maior na abertura humana. No final das contas a natureza é, e ela nos ultrapassa dentro da percepção de sua própria duração. Porém, no espaço-tempo da vida de um homem, a natureza é a medida de sua consciência e de sua sensibilidade.





            O naturalismo integral é alérgico a todo tipo de poder ou de metáfora de poder. O único poder que ele reconhece é o, poder purificador e catártico da imaginação a serviço da sensibilidade, e jamais o poder abusivo da sociedade.




            Este naturalismo é de ordem individual. A opção naturalista oposta à opção realista é fruto de uma escolha que engaja a totalidade da consciência individual. Essa opção não é somente crítica, ela não se limite a exprimir o medo do homem frente ao perigo que ocorre a natureza pelo excesso de civilização industrial e a consciência planetária. Ela traduz o advento de um estado global da percepção, a passagem individual para a consciência planetária. Nós vivemos uma época de balanço dobrado. Ao final do século se junta o final do milênio, com todas as transferências de tabus e da paranoia coletiva que esta concorrência temporal implica – a começar pela transparência do medo do ano 1000 sobre o medo do ano 2000, o átomo no lugar da peste.


Trecho do Manifesto do Rio Negro, escrito por Pierre Restany (Alto Rio Negro, quinta-feira, 3 de Agosto de 1978. Na presença de Sepp Baendereck e Frans Kracjberg):


O que é o Trabalho da Exposição Arte Ambiental de Frans Kracjberg?



            A exposição Natureza Extrema, apresenta um conjunto de obras, por entre relevos e esculturas em madeiras, documentação fotográfica, que simbolizam um chamado mundial de conscientização. Nesta árdua e imperativa tarefa, seu trabalho artístico de descomunal força e plasticidade é mais eficaz do que o recurso de palavras. Mas é sem dúvida, com auxílio do Manifesto do Naturalismo Integral ou Manifesto do Rio Negro – expressão da consciência planetária, na definição do crítico Pierre Restany, que a obra de Kracjberg se elucida e se conceitua. A Natureza passa a ser vista como a medida da consciência e da sensibilidade, um regresso ao idealismo necessário à sobrevivência do homem, e uma resposta possível ao impasse da arte do século XXI, consequência do processo de desmaterialização do objeto.

            Seu trabalho em defesa do meio ambiente o transformou em um dos principais ativistas do planeta. Um homem solitário, um bravo, um enfurecido Don Quixote, cuja loucura diante da abominável realidade dos homens produziu silenciosos gritos que tomaram forma e voz através da arte. Frans Krajcberg: Natureza Extrema é uma maravilhosa oportunidade de celebrar a vida e a natureza e de conhecer o trabalho de um dos mais respeitados artistas e ambientalistas do mundo.


Quem é Frans Krajcberg?





Artista brasileiro, naturalizado em 1957. É pintor, gravurista, escultor e fotógrafo. Nasceu na Polônia em 1921 e sobreviveu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Foi aluno de Willi Baumeister na Academia de Stuttgart e emigrou para o Brasil em 1947;

Prêmios recebidos:



Em 1957 conquistou o Prêmio de melhor escultor nacional na IV Bienal Internacional de São Paulo, e em 1967 o Prêmio da Cidade de Veneza na Bienal de Veneza, projetando-se internacionalmente a seguir;

Recebeu em 2021 o Grande Prêmio de Enku, no Japão, sendo-lhe atribuído o título de melhor escultor do Mundo;
Ativista ambiental que produziu em parceria com o crítico de arte francês Pierre Restany e o pintor Sepp Baendereck, o Manifesto do Rio Negro – Naturalismo Integral. De extrema importância para a compreensão da vida e obra de Krajcberg, o manifesto traz à tona um novo conceito de naturalismo e parte da constatação de que “no espaço-tempo da vida de um homem, a Natureza é a medida de sua consciência e de sua sensibilidade”, devendo a natureza original “ser exaltada como uma higiene da percepção, e um oxigênio mental: um naturalismo integral, gigantesco catalisador e acelerador das nossas faculdades de sentir, pensar e agir”.


Palavras para reflexões:


   
“Brevemente haverá apenas uma natureza vencida pelo homem, uma natureza destruída pelo homem, assassinada pelo homem”.  Autor - Frans Kracjberg




“Sou inteiramente ligado à natureza. Meu ser, minha vida, minha cultura são a natureza. Dela dependem minha sobrevivência e minha criatividade”. Autor - Frans Kracjberg.


Assista abaixo o Clip 1 da Música - SAL DA TERRA de Beto Guedes para refletir:



Assista abaixo o Clip 2 da Música - SAL DA TERRA no show musical que Beto Guedes comemora 50 anos de carreia com a participação da  Banda JOTA QUEST. Só pra curtir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário