quarta-feira, 17 de abril de 2013

ESCOLA ESTADUAL DE CABEDELO REALIZA ATIVIDADE 
PARA REFLEXÃO SOBRE O DIA DO ÍNDIO:

 
Magali Venâncio (Diretora), Alberto Magno (Professor), Manuela Alexandra (Pesquisadora);
Tadeu Patrício (Arte Educador); José Wagner ( Palestrante) e Mestre Adeilson (Capoeira).


Nesta quarta-feira, 17/04, aconteceu na Escola Estadual José Guedes Cavalcanti, em Cabedelo/PB, uma Aula Debate para reflexão sobre o Dia Nacional do Índio, 19/Abril, onde os alunos tiveram a oportunidade de conhecer palavras indígenas que fazem parte do seu cotidiano, conforme citadas no quadro abaixo. Também houve uma exposição com vários objetos indígenas vindos do museu do índio da capital paraibana de propriedade do professor José Wagner para complementar as informações dos palestrantes. Após ouvir as exposições os alunos puderam assistir a exibição dos vídeos sobre a história dos povos Potiguaras e Tabajaras que são comunidades nativas ainda em resistência cultural em nosso Estado, principalmente do litoral paraibano. Mas antes que os estudantes vivenciassem a Dança do Toré, uma atividade fora deixada para que eles pesquizassem no Blog A Voz da Cultura Tadeu Patrício, as palavras indígenas apresentadas em um telão no decorrer do encontro, cujas palavras foram selecionadas porque fazem parte do nosso cotidiano e do linguajar brasileiro. 

Esperamos que esta semente cultural plantada na aula debate possa ser aprofundada pelos nossos estudantes sobre a necessidade de valorizar a língua tupi Guarani, a qual nunca valorizada nesse país. A aula debate contou com a participação do professor José Wagner de Oliveira da UFPB, que é Diretor do Museu Santuário Etimológico “Oca de Piá Aborígenes”, um nativo da aldeia dos povos Potiguaras, estabelecidos na comunidade Mata Redonda, em Baía da Traição, tendo como seu Cacique, Izaías Marculine da Silva, além da participação do mestre de capoeira, Adeilson Morais do Grupo Quilombola Palmares da Paraíba que falou sobre a Lei Federal nº 11.645/2008 que trata sobre a importância da cultura afro-brasileira e indígenas para ser implantada nas escolas. Já a pesquisadora indígena Manuela Alexandra Neves, natural de Coimbra Portugal, expõe sobre o comportamento cultural dos índios do Norte e Nordeste brasileiro e de sua satisfação de está conhecendo a Paraíba e a cidade de Cabedelo. 

A palestra foi coordenada pelo educador Tadeu Patrício, que contou com a participação dos professores Alberto Magno (Biologia), Regina Cely (Geografia) e Verônica Franca (Língua Portuguesa), os quais contribuíram mais uma vez com o processo educativo promovendo assim mais uma atividade interdisciplinar na Escola Estadual José Guedes Cavalcanti. Pois todos estes educadores foram testemunhas da semente lançada de um olhar sem pré-conceito para cultura indígena. A partir de então, esperamos que nossos estudantes tenham um olhar mais consciente sobre a mais primitiva cultura brasileira, a cultura dos povos indígenas, donos dessa terra que um dia foi denominada pindorama. Pois como disse o poeta: "Todo Dia Era Dia de Índio", o que não deixa de ser um grande convite à contemplação do mundo da criação primitivo capaz de viver com um único compromisso – a liberdade – suporte da identidade.

Tadeu Patrício – Arte Educador.

ITEM
PALAVRAS
SIGNIFICADOS
01
Abacate
Fruto do abacateiro
02
Abuna
Sacerdote negro
03
Acauã
Ave de rapina
04
Anágua
Saia de baixo usada por mulheres
05
Andirá
Vampiro, morcego
06
Apinchaim
Cabelo crespo, enrolado
07
Aporreado
Espancado
08
Araça
Fruta do araçá ou goiabeira
09
Aracaju
Tempo do caju
10
Araguia
Lugar de água
11
Arapuá
Abelha, colméia
12
Araripe
Chapada de Montanha, lugar onde se avista o horizonte
13
Avaeté
Homem, pessoa, gente
14
Avaí
Rio das canas
15
Bacalhau
Peixe do mar
16
Baraúna
Árvore de madeira dura da cor preta
17
Bikini
Calcinha muito curta
18
Boitatá
Cobra de fogo
19
Botucatu
Vento saudável
20
Bracatinga
Árvore de madeira branca
21
Bruaca
Mala de couro crua, mulher velha, meretriz
22
Bugre
Patife, velhaco, traste
23
Caatinga
Vegetação de pequenas árvores típica do sertão semi árido
24
Caboclo
Mestiço de branco com índio
25
Cacau
Fruta que se fabrica o chocolate
26
Cachaça
Bebida oriunda da cana de açucar
27
Cachambú
Busque, mata arredondado
28
Cagar
Evacuar, defecar, obrar
29
Cacique
Chefe da tribo
30
Caeté
Mata verdadeira
31
Caiapó
Índios que os guaranis tinham como inimigo
32
Caiçara
Mata, selva
33
Caipira
Homem do mato, matuto
34
Caipóra
Um caboclinho encantado que aparece montado no porco-do-mato, às vezes como mulher
35
Cajá
Fruto gostoso, polpa fina e cheirosa
36
Cajú
Fruta (jú) amarela, mas a fruta propriamente dita é a castanha.
37
Camaçarí
Cama, seio, peito, mama
38
Cangaceiro
Bandido do sertão, salteador, bandoleiro
39
Cangaço
Mobília de pobre, pote, esteira
40
Canoa
Barco que navega
41
Caramurú
Nome de peixe muito grande, da mesma espécie da moréia
42
Caribe
Homem verdadeiro, o mais valente, mais senhor
43
Carioca
Valente, jovem, homem branco, homem de casa
44
Cariri
Índios cariris que habitavam na serra da Borborema
45
Carnaúba
Espécie de palmeiras ou a cera das carnaúbas extraídas das palmeiras
46
Cantiga
Certa eva aromática das ciperáceas, mal cheiro
47
Ceará
Lugar de onde saem pássaros do bico revolto ou canto da Jandaia
48
Chacará
Lugar campestre perto do povoado, casa de campo
49
Chapecó
Lugar de onde se vê o caminho da roça
50
Copiar
Espécie de varanda em volta da oca
51
Cunhã
Mulher índia, fêmea
52
Curupira
Habitante da mata, indiozinho com os pés às avessas com o calcanhar para frente e os dedos para trás
53
Cururú
Sapo da lagoa que gosta de cantar
54
Cuyabá
Farinha branquinha, homem da farinha
55
Gaúcho
Suspiro, homem de cantar triste
56
Gambá
Um pequeno animal que expele um odor
57
Gravatá
Nome dado a várias plantas da família das Bromélias
58
Guanabara
Baía semelhante ao mar
59
Guarani
A língua falada por vários povos indígenas
60
Guaratinguetá
Passarada branca ou bando de pássaros brancos
61
Guri
Tamanho menor, menino pequeno
62
Iara
Senhora, dona, proprietária
63
Ibirapuêra
O que foi árvore
64
Ipanema
Rio sem vida, sem sorte
65
Ipiranga
Vermelho, Colorado
66
Iracema
Mel, abelha
67
Itabira
Pedra brilhante
68
Itaipava
Pedra de rio formando quase uma represa
69
Itamaracá
Chocalho de pedra
70
Itamaraty
Pedra manchada
71
Itaperuna
Caminho da pedra preta
72
Itapuã
Pedra levantada
73
Itaú
Pedra d'água
74
Itororó
Queda d'água, Cascata
75
Jabuticaba
Fruto da Jabuticabeira
76
Jacá
Cesto feito de cifras de cipó
77
Jaguaribe
Terras de onças
78
Jangada
Embarcação chata usada pelos pescadores nordestinos formada de paus roliços
79
Jararaca
Cobra venenosa
80
Jurema
Árvore espinhosa
81
Jurubeba
Grande árvore sombria
82
Lansá
Vomitar, lançar
83
Lekajá
Velhinho, anciãozinho
84
Macaxeira
Espécie de mandioca
85
Maloca
Fortaleza, casa de guerra
86
Mameluco
Escravo tomado pelo exército europeu
87
Mandioca
Planta que se extra o amido originaliza-se a farinha, a tapioca
88
Maracá
Instrumento musical feito de cabaço com grãos de sementes ou pedrinhas dentro
89
Maracajá
Gato do mato
90
Maracujá
Fruto amarelo
91
Mauá
Coisa elevada, superior, excelente
90
Mingáu
Papa de farinha de trigo, tapioca, milho
91
Morombí
Faminto, de pouca saúde
92
Mucama
Ama de leite
93
Muçum
Nome de algumas espécies de enguias, entre elas o muçum do mar
94
Mutirão
Água que ronca, baía segura
95
Pajé
Nome do sacerdote de uma tribo indígena, feiticeiro
96
Pajussára
Fole, leque ou abanico, ventilar, arejar
97
Paquetá
Paca, mamífero roendor, nome de uma ilha na Guanabara
98
Pará
Mar, oceano
99
Paraíba
Mar funesto, rio de bancos de areia
100
Paraná
Parente do mar
101
Pelotas
Couro
102
Pereba
Sarna, pequena ferida
103
Perereca
Dar saltos, ir aos saltos
104
Pernambuco
Boca, entrada, abertura de mar
105
Petéca
Palmear, aplaudir, acariciar
106
Piá
Coração, Consciência, maneira carinhosa de chamar alguém especial principalmente às crianças
107
Pichaím

Cabelo encarapinhado, enrolado
108
Pindorama
Palmeira, País, Nação, País das palmeiras, primeiro nome do Brasil
109
Pipóca
Grão de milho que se come com sal ou mel
110
Pirão
Torta que se prepara com caldo de farinha de mandioca
111
Pitanga
Fruto da pitangueira
112
Pororóca
Ruídos das águas na entrada do santuário da Amazônia
113
Potiguara
Comedor de Camarão, cascador de fumo
114
Quarador
Lugar onde se expõe a roupa a corar

Rorâima
Quer dizer: Pai ou formador dos papagaios, o que vem provar mais de uma vez, admirável precisão indígena
115
Sacy
Doente de espírito maléfico da mitologia guarani
116
Samba
Dança de roda, dança africana
117
Sapé
Folhas empregadas para cobrir ranchos
118
Sapo
Olhos saltados, salientes, aboticados, parentes do cururu
119
Sapucái
Grito, canto
120
Sergipe
Palma, palmeira, caminho do rio das palmas
121
Tabaco
Significa, o canudo por onde chupavam o fumo muito comum nas tribos indígenas, conhecido como cachimbo da paz
122
Tabajara
Quer dizer senhor da aldeia
123
Tabatinga
Um tipo de argila branca, também uma ave que havia em abundância perto do rio da região centro oeste do Brasil
124
Tamandaré
Povoado, cidade
125
Tapajós
O que vem da aldeia
126
Tapera
Casa modesta, sítio, aldeia
127
Tapióca
Amido ou polvinho extraído da mandioca
128
Taubaté
Diabo, fantasma
129
Tieté
Ave
130
Tijuca
Atoleiro, pântano
131
Tocantins
Nome de uma tribo do estado do Pará. É também o nome de um rio
132
Urubú
Ave que se alimenta de carniça
133
Urutú
Nome de algumas espécies de cobras venenosas
134
Votorantim
Monte branco

FOTOS DA ATIVIDADE:









Lucas um dos estudantes mais colaborador da Escola.
Professor José Wagner
José Wagner e Manuela Alexandra Neves

Mestre Adeilson Morais (Capoeira)
Manuela e Professor Alberto Magno

Tadeu Patrício e Manuela
Vídeo de Fagner - Música: Somos Todos Índios




                                          Música: Somos Todos Índios
                                          Autoria: Raimundo Fagner

                                          1.    Há muito tempo que falo
                                          De natureza e de amor;
                                          Das coisas mais simples
                                          Dos homens, de Deus.
                                          Canto sempre a esperança
                                          Acredito no azul que envolve o planeta toda manhã.

                                               REFRÃO:

                                          Depende de mim, depende de nós
                                          Escuto um silêncio, ouço uma voz
                                          Que vem de dentro e enche de luz
                                          Toda nossa tribo... Somos todos índios.

                                         2.    Tenho pensado na vida
                                          E no prazer de viver;
                                          Nas coisas bonitas entre eu e você.
                                          Meu canto sempre é de luta
                                          Por um mundo de paz,
                                          Cuidar das florestas e dos animais.




Vídeo da Música: Todo Dia Era Dia de Índio
Autoria: Jorge Ben Jo e Baby do Brasil




Música: Todo dia era dia de índio
Autoria: Jorge Ben Jo - Intérprete – Baby Consuelho


REFRÃO:

Curumim chama Cunhatã que eu vou contar (2x)
Todo dia, era dia de índio! (2x)
Curumim, Cunhatã!  Cunhatã, Curumim! (1x)
                           
1.    Antes que o homem aqui chegasse
Às terras brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de três milhões de índios.
Proprietários felizes da terra brasílis.
Pois todo dia, era dia de índio!
Todo dia, era dia de índio!
Mas agora ele só tem o dia dezenove de abril! (2x)
                                           
2. Amantes da natureza
Eles são incapazes com certeza.
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar.
Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora!
Pois em sua glória, um índio
Era exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade da alegria
Da alegria de viver! da alegria de viver!
E no entanto hoje, o seu canto triste!
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz.

Pois antigamente:        

Todo dia, era dia de índio! (2x)
Curumim, Cunhatã! Cunhatã, Curumim! (1x)
Terêreê... Oh!    Terêreê... Oh! (2x)


Vídeo da Música: O Índio
Autoria: Caetano Veloso   
   



Música: Um Índio
Autoria: Caetano Veloso

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante.
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias.
REFRÃO:
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá.
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico.
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito.
(Refrão)
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio




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