O DIA DE FINADOS PARA OS BRASILEIROS:
O Dia dos Finados é uma data marcante para milhares de
pessoas no Brasil que perderam seus entes queridos, mas a origem da celebração ainda
é desconhecida para muitos. Esta tradição envolve muita a religiosidade cristã e
gira em torno das homenagens aos mortos. Nós brasileiros costumamos ir ao
cemitério e levar flores, acender velas, rezar pelos entes queridos que partiram
para a vida eterna. Cada ato desta tradição é carregado de motivações pessoais
e sentimentos, mas acima de tudo, a visita ao cemitério é uma expressão de
respeito aos que já se foram. Dentre os costumes brasileiros estão: acender
velas próximo aos túmulos para iluminar os caminhos do espírito humano; rezar a
oração que Jesus nos ensinou, (Pai Nosso); rezar o Terço, tudo isto é o essencial
para a maioria dos católicos. Já outros costumam levar as coroas de flores em
forma de circulo que representa a vitória da vida sobre a morte. Mas para alguns,
é um dia de encontro com aqueles que partiram e deixaram boas recordações.
O DIA DE FINADOS PARA A FÉ CATÓLICOS:
O Dia de Finados
é celebrado pela igreja desde o século II,
quando os cristãos começaram a rezar pelos
falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. Foi
no século V,
que a Igreja escolheu um dia do ano para rezar por todos os mortos porque eram esquecidos
por seus familiares, amigos e a comunidade. Posteriormente no século XIII esse
dia anual passa a ser celebrado em 2 de novembro, ficando o dia 1 de novembro a Festa de Todos os Santos. Nesta data a doutrina católica evoca algumas passagens
bíblicas para fundamentar sua posição: (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), cuja prática é mantida de mais dois mil anos.
O DIA DE FINADOS PARA A FÉ PROTESTANTE:
Após a Reforma Protestante, a celebração do Dia de
Finados foi fundida ao da Festa de Todos os Santos na Igreja
Anglicana, ainda que tenha sido posteriormente desmembrada em certas
igrejas coesas ao Movimento de Oxford no século XIX. A
observância da comemoração foi restaurada, todavia, em 1980, por meio da
publicação do livro litúrgico The
Alternative Service Book, o qual define a data como
"festividade menor" intitulada "Comemoração dos Fiéis
Defuntos".
Entre os protestantes históricos da Europa, a tradição foi
mais tenazmente mantida. Mesmo a forte influência de Martinho
Lutero não foi suficiente para abolir sua celebração na Saxônia durante
sua vida e, apesar da sanção oficializada pela Igreja Luterana, sua memória
sobrevive fortemente no costume popular.
Em 1816, a Prússia introduziu
uma nova data para a lembrança dos mortos, com feriado, entre os cidadãos
luteranos: era o Totensonntag, ou seja, Domingo dos Mortos,
celebrado no último domingo antes do Advento.
Este costume foi mais tarde adotado também pelos protestantes alemães, ainda
que não se tenha espalhado muito além das regiões de maioria luterana na
Alemanha. Para a Igreja Metodista, são santos todos
os fiéis batizados, de modo que, no Dia de Todos os Santos, a congregação local
honra e recorda seus membros falecidos.
O DIA DE FINADOS PARA A FÉ ESPÍRITA CRISTÃ:
Para os espíritas,
visitar o túmulo é a exteriorização da lembrança que se tem do espírito
querido, é uma forma de manifestar a saudade, o respeito e o carinho. Desde que
realizada com boa intenção, com o amor, sem ser apenas um compromisso social ou
protocolar, desde que não se prenda a manifestações de desespero, de cobranças,
de acusações, como ocorre em muitas situações, à visitação ao túmulo não é
condenável. Apenas é desnecessária, pois a entidade espiritual não se encontra
no cemitério, e pode ser lembrada e homenageada através da prece em qualquer
lugar. A prece ditada pelo coração, pelo sentimento, santifica a lembrança, e é
sempre recebida com prazer e alegria pelo espírito desencarnado.
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