domingo, 2 de agosto de 2015

ETERNAS SAUDADES DO REI DO BAIÃO - 26 ANOS DE SUA MORTE



A SAGA DE LUIZ GONZAGA, O REI DO BAIÃO!






Últimas palavras do Rei do Baião:

A última entrevista concedida por Luiz Gonzaga a imprensa foi para o jornalista Gildson Oliveira, através de Ivan Ferraz, no dia 02 de junho de 1989. Recife foi o local escolhido por Luiz Gonzaga para passar seus últimos momentos de vida.
Já o último show de Luiz Gonzaga foi realizado no dia 06 de junho de 1989, no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Recife, lugar com capacidade para receber 5.000 espectadores, onde recebeu homenagens de vários artistas do país. Antes de finalizar o show, o Rei do Baião proferiu estas palavras da forma como está escrito: “Boa Noite minha gente! (…) Minha gente, não preciso dizer que estou enfermo. Venho receber essa homenagem, estou feliz, graças à Deus, por ter conseguido chegar aqui. E estou até melhor um pouquinho. Quem sabe, né? .... Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, como Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Alceu Valença Jorge de Altinho, Nando Cordel e outros.... Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor. Ah! Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e dona Santana. Gostaria que lembrassem muito de mim; que esse sanfoneiro amou muito seu povo, o Sertão. Decantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes. Decantou os valentes, os covardes e também o amor. (…) Muito obrigado.”
Na quarta feira, 21 de junho de 1989, às 10:00h, o velho Lua foi levado às pressas ao Hospital Santa Joana, permanecendo 42 dias internado, aonde veio a falecer. Palavras de Luiz Gonzaga na UTI do hospital: “Vocês não me levem a mal, sinto muitas dores e gosto de aboiar quando deveria gemer.” Luiz Gonzaga travava naquele hospital uma luta imensa contra a morte, e o Brasil todo ficava cada vez mais preocupado com o estado de saúde de seu maior defensor. Luiz Gonzaga não resistiu, o Brasil e o mundo ficou enlutado com o seu último suspiro. A Asa Branca da Paz voava para a eternidade deixando um grande exemplo de vida a ser seguido.
A MORTE DO REI DO BAIÃO:
O Rei do Baião faleceu numa quarta-feira, dia 02 de agosto de 1989, às 5:15 minutos da manhã, no Hospital Santa Joana, em Recife. Foi na Veneza Brasileira que Luiz Gonzaga dava seu último suspiro. Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa de Recife nos dias 02 e 03 até às 9:45 minutos da manhã. Depois foi levado para o Juazeiro do Norte/CE, onde também foi velado na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, às 17:00 horas, na mesma igreja onde repousa os restos mortais de Pe. Cícero Romão Batista. Apesar do corpo do Rei do Baião ter chegado ao aeroporto de Juazeiro Norte às 15:20 minutos do dia 03 de agosto. A família queria levá-lo direto para o Exu-PE. Mas o filho Gonzaguinha disse as seguintes palavras já no aeroporto de Juazeiro: “Tudo bem, vamos entrar na cidade, se o povo quer, que vamos fazer?"
No final da noite da quinta-feira, dia 03 de agosto de 1989, o corpo do Rei do Baião foi levado para a sua terra natal, a querida Exu/PE. Lá foi velado na Igreja Matriz de Exu Bom Jesus dos Aflitos, durante o restante da noite do dia 03 de agosto e durante o dia 04 de agosto. Após a missa de corpo presente conduziram o caixão para o sepultamento no Cemitério São Raimundo às 15:45 minutos. Das centenas de coroas de flores que estavam espalhadas na referida matriz do Exu/PE, oferecidas por fãs de Luiz Gonzaga, estava uma do repórter Gildson Oliveira que transcreveu a seguinte mensagem: “Amado Lula: o silêncio acende a alma… O País canta sua voz… Os pássaros se entristecem com a partida da Asa Branca, mas fica em nossos corações a sua história. E a nossa festa é esta. Quem crê em Cristo, mesmo que esteja morto viverá.”
O corpo de Luiz Gonzaga foi levado no carro corpo de bombeiros, passando por diversas ruas da cidade rumo ao Cemitério São Raimundo, local onde aconteceram as últimas manifestações de carinho, àquele que só foi alegria. O caixão desceu a sepultura depois que Gonzaguinha, Dominguinhos, Alcimar Monteiro e mais de 20 mil pessoas cantarem a música ASA BRANCA às 16:50 minutos. Luiz Gonzaga foi embalado no seio da terra na sexta feira, no mesmo dia da semana, que ele nasceu. Uma outra coincidência é que ele morreu no amanhecer do dia, assim como ele nasceu no amanhecer do dia 13 de dezembro de 1912.
Tadeu Patrício, pesquisador da cultura popular e admirador da obra artística de Luiz Gonzaga, eterno Rei do Baião, espero ter contribuído de alguma maneira com estas informações colhidas do livro, Porque o Rei é imortal! da autoria de Antonio Francisco Costa e do amigo professor, José Nobre de Medeiros. 



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